quinta-feira, 3 de julho de 2008

OS MEUS IRMÃOS

Vivendo recordando não é mais do que coisas que se passaram na minha vida ao longo destes anos, coisas muito boas outras nem tanto.

Tenho dois irmãos de quem gosto muito uma é a paciência em pessoa o outro é o contrário mas gosto muito deles pois teem -me ajudado a ultrapassar esta fase má da minha vida que mais tarde irão saber.

O MEU NAMORO COM O PAI DO MEU FILHO

Quero partilhar convosco esses pedaços bons e maus que a vida me deu.

Comecei a namorar ao 16 anos com um homem muito mais velho do que eu 14 anos pelo qual me sentia apaixonada.

O MEU PRIMEIRO EMPREGO

Aos 18 anos fui trabalhar para uma empresa que construiu a barragem de Cabora Bassa onde estive até aos 25 anos.

O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA (SER MÃE )

Aos 26 anos tive a coisa mais bela que uma mulher pode ter o de ser MÃE (MÃE SOLTEIRA E COM MUITO ORGULHO) tenho um filho que adoro e que Deus me deu a maior das felicidades pois é um filho que nunca me deu um desgosto.

Trabalhador e sério com um coração do tamanho do Mundo.

O MEU 2º. EMPREGO

Entretanto houve um concurso para funcionaria do estado concorri e fui integrada no antigo SNI
sem nunca dizer que era mãe pois se o fizese não ficava lá. Isto foi uma das coisas más que me aconteceu pois eu queria gritar ao mundo que era MÃE.

Quando se soube que eu tinha um filho arranjaram maneira de eu sair. Mas sai pela porta da frente sempre de cabeça erguida.

O 3º. EMPREGO QUE A PARTIR DAQUI FOI SEMPRE EM JORNAIS

Mais tarde concorri para um jornal (Diário de Lisboa) como telefonista, eu sem saber como funcionava um aparelho de cabos que nunca tinha visto na minha vida (pois o meu trabalho nas outras empresas era dactilógrafa e estenógrafa, fui para uma coisa totalmente diferente.

Ai também não podia dizer que tinha um filho pois era razão para eu não trabalhar porque diziam que quem tivesse filhos pequenos não podiam trabalhar lá (isto dito por uns senhores directores que se diziam brasileiros).

Era tão rigoroso o trabalho lá que muitas das vezes nem se podia ir ao W C tinhamos que esperer que eles fossem almoçar para nos ausentar-mos por minutos.

Um dia não estava pelos ajustes e resolvi ausentar-me coisa de 2 minutos azar o meu liga para mim um dos directores que se encontrava em reunião e pergunta-me (onde anda a menina não sabe que não se pode ausentar do seu lugar) resposta pronta fui fazer o mesmo que o sr. faz sem dizer que se vai ausentar foi remédio santo nunca mais me disse nada, quando tinha que me ausentar do meu serviço assim a fazia eu e as minhas colegas, pois elas nunca tiveram a ousadia de lhe responder. Isto tudo quando eu trabalhava na parte da administração, mais tarde pediram a minha tranferência para o sector da redacção onde esses senhores se encontravam permanentemente.

Isto tudo porque começou a ser feito o Expresso nas rotativas do Diario de Lisboa e que esse jornal era feito semanalmente, as minhas colegas mais velhas recuaram-se a fazer horas e eu como tinha um filho para criar aceita esse cargo. Tinha semanas em que o meu turno era das 4 da tarde até do dia seguinte, muitas das vezes em que calhava o meu turno da manhã porque os turnos eram rotativos entrava e só saia ás quatro da tarde fazia a noite e parte do dia. Tive uns pais maravilhosos e uma irmã que quase foi a mãe do meu filho pois quando eu não estava ela e os meus pais estavam presentes. Trabalhei muito para que nada faltasse ao meu filho ele tinha a carrinha que o vinha buscar para a escola e que o trazia á tarde para que os meus pais não se preocupassem em o irem levar e buscar á escola.

QUANDO TIVE UMA CRISE ( DESISTIR DE VIVER)

Houve alturas em que queria desistir de viver uma dessas vezes vim a casa para me despedir de todos e para dar um beijo ao meu filho e terminar tudo mas Deus assim não quiz pois nessa altura o meu filho que dormia acordou e estendeu os seu bracinhos para mim e eu quebrei.

Nunca quiz dar um padrasto ao meu filho para que ele nunca fosse mal tratado tive propostas de casamento mas sempre recusei.


OS MEUS DIRECTORES

Mais esse administrador (António G. da Costa) resolve abrir outro jornal (Correio da Manhã) com o Dr. Vitor Direito
e fui chamada para a abertura desse jornal eu e a minha irmã que eu entretanto ensinei.

AS QUEIXAS QUE EU NUNCA TIVE

Hoje muita gente se queixa que trabalham muito e ganham pouco na minha juventude isso era o pão nosso de cada dia.

Entretanto regressei novamente para a administração pois uma colega adoeceu, e da-se o 25 de Abril nesse dia não me deixaram passar eu trabalhava na Rua Castilho. Mas continuei a trabalhar no Expresso todas as semanas saia da Castilho para a Rua Luz Soriano onde estavam os jornalista. Tive a honra de trabalhar com o Assis Pacheco (que era sempre uma trabalheira pois nunca atendia ninguem) não sei se sabem mas antigamente as chamadas passavam todas pela operadora internas e externas portanto imaginem o que é todos a querem falar uns com os outros, era de doidos, não estavamos paradas um segundo e quando o jornal estava para entar nas rotativas tinhamos que esperar que os srs. do lapis azul dessem ordem para publicar. Isto era uma guerra de nervos.

Voltei para casa foi o dia mais feliz da minha pois pude passar o dia com o meu filho. Já tinha o meu filho 6 anos .

2 comentários:

Lady disse...

Querida teresinha,

Dos blogues que tens este promete vir a ser o meu preferido, porque aqui falas de ti duma vivência tua ao longo do tempo, posso conhecer-te melhor sentis-te e sorrir ou chorar com o que nos contas.

Que bonita a ideia deste teu espaço!

Escreve mais que fico á espera de ti.

Beijinhos mil

Luisa a amiga de sempre:)

TERESA NETO disse...

Obrigada amiga esta é a minha realidade muito mais tenho para contar vai sendo feita aos poucos

Beijinhos pela força
Teresa