quarta-feira, 9 de julho de 2008

A DOENÇA DA MINHA MÃE

A minha mãe adoeceu e esteve durante váris anos acamada, eu e a minha irmã que entretanto foi para o jornal trabalhar na parte da administração que funcionava na rua rodrigues sampaio.O o meu pai tratava da minha mãe durante o dia e algumas vizinhas vinham para o pé dela e fiziam companhia,quando chegavamos a casa tinhamos que lhe dar banho e tratar dela e fazer jantar muitas das vezes sem forças para continuar, mas era a nossa mãe e tinhas que ir em frente.
Entretanto a doença dela foi-se agravando e chegou a uma altura que era impossivel nós descansar-mos tinhamos noites que não dormiamos levava a noite toda a atirar-se para o chão e termos que a levantar era um corpo pesado que já não havia braços para a levantar.
Muitas das vezes era o meu filho que vinha do liceu dava-lhe o almoço aos avós
pois eu antes de sair para o jornal tinha que deixar tudo feito, dividiamos as tarefas de manhã e á noite.

Quando a minha mãe faleceu estava a minha irmã com ela nos braços e nem sequer se apercebeu que a mãe tinha fechado os olhos para sempre, o meu Miguel sentou-se no quarto dos avós e nem uma lágrima deitou a olhar para avó sem ter uma reação, fiquei com medo que mais tarde tivesse algum problema.


O meu pai foi outro problema desde que a minha mãe faleceu sentou-se numa cadeira junto á janela e só saia de lá quando nós o levavamos porque ele deixou de andar. Então eu para o transportar para lhe dar banho e deita-lo levava-o em cima dos meus pé e abraçado a ele.
eu e a minha irmã andavamos esgotadas. Pois no dia a seguir tinhamos que ir trabalhar e de cabeça fresca porque ali não admitiam falhas, os nossos problemas ficavam á porta do emprego.
O meu filho como todas as crianças adorava animais e então o avô não queria nada cá em casa
e ele a unica maneira de ter uma gata foi busca-la á rua e deixou-a na escada, o avô ouviu um miar perguntou que barulho era aquele e le disse ( não sei) então vai ver o que se passa
ele como já sabia a maneira de levar o avô foi logo busca-la era uma gatinha pequenina toda preta chegou com ela e disse avô tão linda posso ficar com ela e o avô com disse-lhe que sim
foi logo tratar dela era a sua mascote, ele é que tratava dela, pois foi a promessa que tinha feito.



O MIGUEL E OS SEUS ANIMAIS

Depois do avô falecer vieram mais duas gatas uma cinzenta e outra branca. As quais tiveram
filhos que depois iam deixa-los ao pé da cama dele.
Entretanto queria um cão e eu e a minha irmã fomos comprar uma cadela pastor alemão linda
vinha com ela dentro da mala (essa cadela tinha uma adoração pelo miguel bastava ele estalar os dedos e ela saltava de onde estava.

Um dia estava ela á janela e o miguel no meio da rua e só lhe fez sinal com a mão, e eu vejo uma coisa sair pela janela (moro num r/c) disparada para ir ter com ele.Iam para o centro comercial
das amoreiras isto logo ao principio, todas as pessoas se afastavam deles pois ela ia ao lado do
dono.
Era tão linda que quando foi falado que esses cães era assassinos vieram tira fotos dela para uma reportagem. ( Essa cadela morreu agarrada a mim ela e todos os cães que tive).
Aos 18 anos o meu filho entendeu que havia de trabalhar e eu disse que sim se era essa a sua vontade mas e o estudos disse-me que continuava a estudar. E assim foi trabalhar para uma empresa pertinho de casa ali se fez um rapaz responsavel foi onde conheceu a sua mulher.
Hoje tem uma empresa de Informática e consumiveis de escritório.

A MINHA VIDA NO JORNAL (DURANTE 17 ANOS)

Eu continuei com a minha vida no Jornal onde todos os dias havia coisas novas.
Ora com as namoradas e as mulheres os encontros e desencontros saidas pelas traseiras as procuras nos lugares mais incriveis (fui acusada muitas vezes de esconder o que se passava entre os casais) mas era a minha maneira de viver e não ter problemas. Pois era muitas das vezes confidente de ambas as partes, e disse sempre que não sabia de nada.

AS VIAGENS DO CACERES MONTEIRO

Sempre que ele viajava o meu coração ficava apertadinho não só porque ele ia para cenários de guerra como eu tinha que estar sempre pronta para receber os trabalhos dele, não havia horas marcadas era a qualquer hora da noite, então resolvi comprar um fax e ter em casa para receber esses mesmos trabalhos e muitas das vezes ele pedia a pessoas que vinham para Portugal que me viessem entregar fotos umas para serem publicadas no jornal outras para eu guardar para um livro que ele estivesse a escrever (porque todas as viagens dele era escrito um livro). Então ás tantas da madrugada ai estavam a bater á porta e os fax entretanto a chegarem. Houve noites em que corria mal o trabalho e tinhamos que o repetir ou fazer emendas ditadas pelo telefone.
Ter que separar o que era para o livro e entregar na editora e o que era para o jornal.
Outras vezes era falta de dinheiro, lá tinha eu que acordar o Director para de manhã se fazer a tranferencia de dinheiros. Isto foi a minha vida durante quinze anos.

5 comentários:

Lady disse...

Teresinha,

Fico ávida de ler e ler o que aqui nos deixas partilhando o teu passado.

Uma mulher de armas e de coragem,tu!

com uma vida nada fácil,mas saboreando tudo como um ensimanento e mais uma prova de fogo a superar!

Não é por acaso que és assim minha linda.

Que deus te abençoe e Proeja sempre.

Beijocas

Luisa

PjConde-Paulino disse...

Teresa: Agora está quase a ser uma procissão de fé, visitá-la para ler minuciosamente a sua bela história de vida: A autenticidade e experiência são incríveis e dignas de serem lidas com a avidez de aprender sempre:

Obrigado pela disponibilidade para registar através da escrita o que é uma vida autentica:

beijos do Pj

Ana Paula Moreira disse...

Parabéns Teresinha por mais este Blog. Fico feliz por ti e obrigada por partilhares com todos os que passam por aqui, os teus momentos bons e menos bons da tua vida. Força para continuar.
Beijocas

meus instantes e momentos disse...

Voce nos prende ao que escreve. Muito bom teus posts.
Parabens.
Maurizio

TERESA NETO disse...

Maurizio
Obrigada pela visita e tb pelo seu comentário.
Espero que volte
Teresa